Será que é possível construir práticas de pesquisa e de trabalho que sejam libertadoras mesmo quando a gente atua dentro de estruturas institucionais que carregam heranças colonialistas, racistas, sexistas? E se é possível, como fazer isso? Neste episódio, conversamos com Camila Wichers, professora na graduação de Museologia e na pós-graduação de Antropologia Social na Universidade Federal de Goiás, e Leonardo Tavares Alencar, mestrando em Museologia na UFG e orientando de Camila. 

Além de conhecer o campus, nós também visitamos o Museu de Imagem e do Som de Goiás. E lá, conversamos com Luís Felipe Pinheiro e Gisele Gomes Garcia. Pudemos fabular sobre patrimônio, memória e processos de musealização que sirvam para propósitos feministas decoloniais. E aqui vai um spoiler: são nas fissuras que estão as possibilidades de criarmos contranarrativas. Este episódio foi gravado no dia 23 de novembro de 2023, em Goiânia.

Ah! Recebemos uma linda notícia um pouco antes do lançamento deste episódio: em setembro de 2024, a Camila Wichers assumiu como docente do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, levando consigo seu trabalho com gênero, sexualidade e crítica feminista.

Mais informações:

Página do episódio.
Transcrição completa do episódio.
Currículo Lattes de Camila Azevedo de Moraes Wichers
Currículo Lattes de Leonardo Tavares Alencar
Ser-Tão – Núcleo de ensino, extensão e pesquisa em gênero e sexualidade vinculado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás.
Museu de Imagem e do Som de Goiania
Centro Cultural Marietta Telles Machado
Exposição Luz e Sombra: Luz e Sombra: As Memórias Escondidas nas Esculturas de Goiânia, do MIS Goiás
Monumento das Três Raças, Goiânia
IX Reunião de Antropologia da Ciência de Tecnologia (ReACT), 21 a 24 de novembro de 2023, Goiânia, Universidade Federal de Goiás

Referências

ALENCAR, Leonardo Tavares. A masculinidade hegemônica e a colonialidade no fazer museal. Monografia, Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Goiás, 2021.
ALENCAR, Leonardo Tavares; MORAES WICHERS, Camila Azevedo. Sou eu este patrimônio? Reflexões críticas acerca da masculinidade hegemônica nos museus e patrimônios goianos. Museologia & Interdisciplinariedade, Brasília, v. 11, n. 21, 2022.
MORAES WICHERS, Camila Azevedo. Narrativas arqueológicas e museológicas sob rasura: provocações feministas. Revista de Arqueologia, v.30, p. 35-50, 2017
RIBEIRO, Diego Lemos; MENDONÇA, Elizabete de Castro; MORAES WICHERS, Camila Azevedo. Decolonizar museus e patrimônios: breve manifesto. Revista memória em rede, Pelotas, v. 16, n. 31, 2024.
SANTOS, Karlla Kamylla Passos dos; MORAES WICHERS, Camila Azevedo; SILVA, Paula Cristina de Almeida. Por uma educação museal militante pela vida: reflexões sobre museus, ciências e memória LGBT. Museologia & Interdisciplinariedade, Brasília, v. 11, n. 21, 2022.

Materiais Extras

BAPTISTA, Jean; BOITA, Tony Willian.; MORAES WICHERS, Camila Azevedo. O que é Museologia LGBT?. Revista Memórias LGBT, v.7, p.4 – 9, 2020. 
BRULON, B. Museu queer e Museologia da bricolagem: o problema da diferença nos regimes museais. Museologia & Interdisciplinaridade, 9(17), 81–94, 2020.
MORAES WICHERS, Camila Azevedo et al. Entre nós: leituras e olhares feministas sobre a representação das mulheres em narrativas arqueológicas e visuais. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 16, n. 1, p. 205–228, 2021. 
MORAES WICHERS, Camila Azevedo. Museologia, feminismos e suas ondas de renovação. Revista Museologia & Interdisciplinaridade, v.7, p. 138-154, 2018.
OLIVEIRA, Ana Cristina Audebert Ramos de; QUEIROZ, Marijara Souza. Museologia – substantivo feminino: reflexões sobre museologia e gênero no Brasil. Revista do Centro de Pesquisa e Formação, nº5, pp.61-77, 2017.
PASSOS, Lara de Paula. Arqueopoesia: uma proposta feminista afrocentrada para o universo arqueológico. Dissertação de mestrado. Programa de Pós Graduação em Antropologia – Área de concentração: Arqueologia. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2019.

Expediente:

Apresentação: Irene do Planalto Chemin e Clarissa Reche
Entrevistadas: Camila Azevedo de Moraes Wichers e Leonardo Tavares Alencar (Ser-Tão, UFG); Luís Felipe Pinheiro e Gisele Gomes Garcia (MIS Goiás)
Transcrições das Entrevistas: Maxie Viana e Jade Luz Ciconello
Roteiro: Irene do Planalto Chemin e Clarissa Reche
Corte de áudios: Irene do Planalto Chemin, Isabela Dantas e Igor Pereira da Silva
Montagem e edição do episódio: Irene do Planalto Chemin
Revisão da transcrição do roteiro: Maxie Viana 
Projeto de pesquisa: “Um mundaréu de histórias: Antropologia feminista da ciência e da Tecnologia da América Latina” (FAPESP)
Equipe do projeto de pesquisa: Daniela Manica, Clarissa Reche, Fernanda Mariath, Isabela Dantas, Maxie Viana, Igor Pereira, Bruna Santos, Gabriel Marçal de Pereira (Unicamp); Alejandra Roca (Universidad de Buenos Aires, Argentina); Tânia Pérez-Bustos (Universidade Nacional da Colômbia); Soraya Fleischer, Camila Anselmo, Irene do Planalto, Joana Amaral, Luana Ainoã, Rai Magalhães e Sabrina Neves (UnB).
Coordenação do projeto de pesquisa: Daniela Manica
Financiamento: FAPESP Processo No. 2022/05943-0
Música: “Já foi” de Janine Mathias
Imagem do header: Campus da UFG, novembro de 2023, foto de Fernanda Mariath
Conteúdo do sítio eletrônico: Clarissa Reche, Irene do Planalto Chemin e Daniela Manica
Divulgação: Fernanda Mariath
Coordenação do Mundaréu: Daniela Manica.
Agradecimentos: Camila Azevedo de Moraes Wichers e Leonardo Tavares Alencar, Luís Felipe Pinheiro e Gisele Gomes Garcia, Fernanda Mariath, Jade Luz, Joana Amaral.